segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Drops de Paixão no Inverno

PRÓLOGO Chamado à presença do Rei Edward, William Davon foi agraciado com o título de Barão pelos serviços prestados à coroa. Com o título, também recebeu terras, o que aumentou seu poder e sua fortuna. A promessa do rei era de que, em cinco anos, William herdaria o título de Conde Davon, que pertencera ao seu pai, pois ainda havia questões pendentes envolvendo o falecido Conde. William era um soldado e uma das exigências que o rei fizera para que recebesse o título, era a de que ele se casasse e a noiva já estava escolhida, Lady Lizbeth de Tanis, filha mais velha do Barão Joseph De Tanis.
O velho Barão perdera suas terras em apostas e recorrera ao rei, que devia inúmeros favores à tradicional família De Tanis. O Rei Edward, então, recuperou as terras, mas as colocou nas mãos de William e o ordenou que se casasse com a filha mais velha de Joseph, assim a família De Tanis não precisaria deixar suas terras e prestariam vassalagem ao novo Barão. William acatou a ordem com desprazer, não desejava se casar, tinha uma péssima fama com as mulheres e não deixaria de usufruir de outros prazeres por conta de uma única mulher. Enquanto voltava para seu palácio, agora com um novo status, mandou um mensageiro até seu irmão mais novo, Robert. A mensagem dizia que Robert ficaria provisoriamente como seu capitão da guarda, pois era o homem de sua maior confiança e até que tudo fosse reestruturado, o irmão se encarregaria de comandar os soldados, mas antes disso deveria ir até seu vassalo, o Barão De Tanis, e escoltar a filha mais velha dele até o palácio.
Robert não conseguiu esconder o sorriso ao ler na mensagem que William iria se casar e com uma lady que não conhecia. O irmão mais velho dissera inúmeras vezes que não se casaria, mas agora se via obrigado a fazê-lo para cumprir uma ordem real. Deveria casar-se com a filha mais velha do barão De Tanis, provavelmente uma mulher horrorosa, que já passara da idade de casar e que não arrumara pretendentes que não fossem obrigados a assumir tal compromisso, como seu irmão. Se William não fosse tão beberrão e pouco delicado com as mulheres, ficaria com pena dele, mas a mulher de seu irmão não teria uma vida fácil ao seu lado, mas aquilo era um problema para o irmão e lady de Tanis resolverem. Cabia a ele apenas levar a tal lady até Davon... Robert Davon fora treinado como soldado, mas não lutara em guerras como seu irmão. Sempre soube que William herdaria o título do pai e ele, realmente, não se preocupava muito com isso. Seu sonho era administrar as vinhas que ficavam na propriedade que herdara da mãe e quem sabe se casar e ter vários filhos... Sonho que fora adiado por conta da morte de seu pai e que acarretara em novas obrigações. Precisava provar ao irmão que era capaz de comandar a guarda e sua primeira obrigação era algo simples, até demais. A escolta da futura mulher de seu irmão era algo que não exigiria esforços ou seus treinamentos de guerra.
Reunindo um pequeno grupo de seis homens de confiança, Robert partiu quando o céu ficou demasiadamente acinzentado indicando que a neve não demoraria a chegar, portanto ele deveria se apressar ou correria o risco de ficar preso na estrada ou na propriedade dos De Tanis até as estradas estarem desobstruídas.
William não tinha pressa em voltar para casa e menos ainda em se casar. Robert levaria a noiva até Davon e ela ficaria lá esperando por ele, pois não tinha outra opção, assim como ele Lizbeth de Tanis tinha que aceitar o inevitável. Não estava nem um pouco ansioso para conhecer a filha recalcada do Barão De Tanis... Resolveu que tudo aquilo merecia uma comemoração ou um desabafo e se entregou aos seus prazeres preferidos: bebida e mulheres.

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